Mercados comemoram reação de Aécio, mas volatilidade vai continuar

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Aécio sempre foi o preferido pelos mercados, já que o PSDB tem historicamente uma posição mais ortodoxa nas questões econômicas. Além disso, o candidato tucano já anunciou que o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga será seu ministro da Fazendo caso seja eleito no próximo dia 26.

As ações da Petrobras são umas das que mais sofrem com a cena política e vão continuar assim, bem como as de outras estatais. Para o diretor de gestão de recursos da corretora Ativa, Arnaldo Curvello, o papel preferencial da petrolífera, que recuou mais de 20 por cento em setembro enquanto Dilma firmava-se na liderança nas pesquisas e fechou a 18,35 reais na sexta-feira passada, deve aproximar-se de 24 reais se o tucano continuar ganhando terreno até o segundo turno.

Mas faz ressalvas: “O mercado vai continuar operando com base em pesquisas eleitorais, mas é bem frustrante imaginar que você não vai conseguir formar realmente posições de longo prazo, porque as pesquisas erraram”.

Apesar da possibilidade de enfraquecimento do dólar nos próximos dias, este seria um comportamento de curto prazo. “Pelos fundamentos, nós deveríamos ter um dólar mais forte. O patamar de 2,50 reais é mais realista que o patamar de 2,20 reais ou 2,30 reais”, disse o economista-chefe do Banco J. Safra, Carlos Kawall, que foi secretário do Tesouro Nacional no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Isso porque, acrescentou, há dados melhores da economia norte-americana e ainda fracos em outros lugares. A expectativa é de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, suba os juros em meados do próximo ano.

Fonte: Reuters Brasil