ENAEX 2014 apresenta balanço da evolução do comércio exterior de serviços brasileiros e aponta novas perspectivas

nelsonRio de Janeiro, 8 de agosto de 2014 – O secretário de Inovação e de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Nelson Akio Fujimoto (foto), participou hoje (8) do painel “Perspectivas para a evolução do comércio exterior de serviços”, durante o ENAEX 2014, no Rio de Janeiro, onde falou sobre as políticas públicas voltadas para o setor. Segundo o secretário, para que o Brasil se projete como exportador desse segmento são necessárias, entre outras ações, a identificação e superação dos gargalos que emperram a produtividade do setor.
“O cenário aponta uma carência de informações relacionadas ao setor, o que compromete a visibilidade econômica e as negociações internacionais, por isso é importante o fortalecimento de ações governamentais para estimular as exportações do setor”, afirmou.
Fujimoto enfatizou que o governo está atuando para reverter o quadro estagnado do setor no país e apontou iniciativas como a implantação da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS) e o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços (Siscoserv) para fortalecer a participação do país no comércio exterior de serviços.


Lia Baker Valls Pereira, professora do IBRE/FGV, que também participou da mesa, destacou que “o Brasil deixou de ser uma economia de manufatura para se tornar uma economia de serviço.” A professora afirmou que os serviços brasileiros têm uma presença muito forte no comércio exterior, seja na exportação direta deles, seja na incorporação dos mesmos às mercadorias comercializadas e assinalou que isso se deve também às novas tecnologias, que permitiram a fragmentação das etapas de serviço.

De 2001 para 2012 o Brasil apresentou um crescimento de apenas 3% (de 0,6% para 0,9%) na exportação de serviços, ao passo que as importações tiveram crescimento de 0,8%  (de 1,1 para 1,9%). “Em 2012, o défict de serviços superou o saldo da receita brasileira no setor”, pontuou Lia.
Em 2013, a exportação de serviços do Brasil foi liderada pelos serviços empresariais, profissionais e técnicos, que representaram 48,3% da receita.

Fonte: Blog Radar Econômico