A cidade de Capitólio fica localizada na região sudoeste do estado de Minas Gerais. É um destino turístico famoso por suas riquezas naturais, como cânions, cachoeiras, rios e mirantes. Os cânions são enormes (a maioria deles com mais de 20 metros de altura) e as águas que circulam por eles são oriundas do Lago de Furnas, um dos maiores lagos artificiais do mundo.

Com seus cânions lindos e suas águas de cor esverdeada, Capitólio começou a cair no gosto popular por causa das muitas cachoeiras da região, além da paz e tranquilidade da cidade. Esse destino é bastante procurado por turistas principalmente do estado de Minas Gerais e pelas cidades próximas à região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Capitólio fica localizado em Minas Gerais, praticamente às margens da rodovia MG-050.

O passeio de lancha é um dos principais atrativos para quem vem visitar Capitólio. As embarcações saem da ponte do Rio Turvo, próxima ao km 306 a mais ou menos 15 km de Capitólio e de Escarpas do Lago. Pela região é possível encontrar estacionamento, restaurantes e vendinhas. Você pode comprar seu ticket para a embarcação da sua preferência diretamente no local. Existem três opções de embarcação: chalana, catamarã e lancha.

A diferença é que a chalana e o catamarã são mais lentos (o passeio dura entre 3 e 4 horas) e o custo é mais barato. Além disso, apesar de apresentarem uma estrutura mais confortável, com banheiros e bar, o passeio de chalana e catamarã é reduzido, tendo no roteiro só duas paradas: Lagoa Azul e os Cânions. Já o passeio de lancha, apesar de ser mais caro, é mais rápido e dispõe de um roteiro mais completo e bonito que vale a pena ser visitado.

2. Parque Mirante dos Cânions

O Parque Mirante dos Cânions é o cartão-postal de Capitólio (Imagem: Luis Boucault | Shutterstock)

Conhecido como o cartão-postal de Capitólio, o Parque Mirante dos Cânions é pura emoção para todas as idades. Esse é o mirante mais famoso de Capitólio, aquele que todo mundo tem foto na pedra com o Lago de Furnas ao fundo cercado de cânions lindos e imponentes. Ele é de fácil acesso, e o pôr do sol visto de lá é incrível! O parque conta com atrativos emocionantes, como um deslumbrante mirante escondido, mirante clássico, tirolesa, trilhas e ponte pênsil.

Os visitantes fazem uma imersão no cerrado de Minas Gerais, gerando conexão entre as pessoas e a natureza. A localização do mirante fica a 30 km de Capitólio em direção ao município de São João Batista do Glória, depois da ponte do Rio Turvo, perto do km 312.

3. Cachoeira da Capivara

Um complexo ecológico com mais de 40 piscinas naturais localizado no melhor lugar de Capitólio. O complexo conta com 2 cachoeiras principais: a Cachoeira da Capivara apresenta um visual deslumbrante e pode ser acessada por meio de uma trilha de 900 m. A cachoeira possui cerca de 16 m de profundidade, sendo um poço ideal para aqueles que gostam de nadar e dar um bom mergulho.

Já a Cachoeira da Pedra Ancorada fica apenas a 200 metros do estacionamento e possui diversos ofurôs e piscinas naturais nas suas proximidades, as crianças adoram! Além disso, contém muita segurança e tranquilidade, sendo perfeita para relaxar.

4. Trilha do sol

Essa trilha é linda demais e muito famosa em Capitólio, frequentada por quase todos que visitam a cidade. Ao longo da trilha é possível contemplar várias cachoeiras e piscinas naturais como a Cachoeira do Grito e o Poço Dourado.

5. Paraíso perdido

É uma atração muito famosa em Capitólio por reunir 18 piscinas naturais e 8 quedas de água cristalinas que dão ao local um charme a mais pela natureza exuberante atrelada ao cenário do cerrado típico da Serra da Canastra. O Paraíso Perdido fica a 40 km de Capitólio, entre Passos e Capitólio, e você encontra estacionamento no local.

6. Morro do Chapéu

Localizado a mais de 1.200 metros de altitude, o Morro do Chapéu é um mirante incrível que tem uma vista privilegiada para o Lago de Furnas e para vários municípios próximos. Fica a 12 km de Capitólio.

7. Artesanato da cidade (Capitart)

A Associação dos Artesãos e Produtores Caseiros de Capitólio já existe a mais de 25 anos e vende vários artigos de decoração e lembrancinhas com características da cidade. A Associação fica na rua principal de Capitólio. Endereço: Rua Doutor Avelino de Queiroz, 466, Centro.

8. Pedreira Lagoa Azul

A Pedreira Lagoa Azul tem um ar rústico, meio natural, meio artificial (Imagem: Deco Freitas | Shutterstock)

É um lugar lindo que vale a pena ser visitado. O mais indicado é visitar esse lugar em um veículo 4×4 por causa da suspensão, mas se você for uma pessoa aventureira e quiser tentar ir com um carro normal, dizem que basta ter disposição e muita paciência. A Pedreira antigamente era um local destinado à exploração e extração de quartzo, mas foi desativada. Com o tempo foi surgindo uma “lagoa” que até hoje não se sabe a origem da água. Uns dizem ser chuva, outros dizem ser por conta das explosões da pedreira que a água surgiu.

E, assim, nasceu a Pedreira Lagoa Azul, que é mais para verde do que azul, mas, tudo bem! A Pedreira é um passeio diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver em Capitólio e por isso vale a pena incluir no roteiro. O lugar tem um ar rústico, meio natural, meio artificial e, por isso, dá outro cenário para os que querem conhecer Capitólio de vários ângulos.

9. Cachoeira Cascatinha e Cachoeira Diquadinha

A entrada dessas duas cachoeiras é de fácil acesso, pois fica perto da entrada do Mirante dos Cânions. Depois de uns 200 metros caminhando você encontra as duas. Dá para fazer trekking, escalada e rapel. As cachoeiras são bem bonitas, com poços grandes e têm várias quedas que dão um charme ainda maior para a paisagem.

10. Cachoeira Lagoa Azul

Uma das cachoeiras mais famosas e visitadas de Capitólio, que fica a cerca de 28 km da cidade. A Cachoeira Lagoa Azul pode ser acessada de duas formas – em qualquer uma das duas opções o valor para acessar a cachoeira é o mesmo: pelo passeio de lancha (é a primeira parada do passeio, tanto da lancha quanto da chalana e do catamarã), você tem acesso ao nível mais baixo de graça, mas para ir para o nível mais alto e mais bonito, precisa pagar; pelo Impório Lagoa Azul, através da MG-050, km 311.

11. Cachoeira do Filó

Uma cachoeira linda de fácil acesso (mas sem muita sinalização) que é pouco explorada pelos turistas e fica localizada a 36 km de Capitólio.

12. Cascata Eco Parque

Localizada numa propriedade particular, a Cascata Eco Parque é uma atração que vale a pena ser visitada, não só pela sua tranquilidade e beleza, como também pela estrutura do local que oferece camping, chalés, lanchonete e estacionamento.

13. Cachoeira do Lobo

A Cachoeira do Lobo tem uma queda d’água de 15 metros (Imagem: SergioRocha | Shutterstock)

Outra opção linda de cachoeira com queda d’água exuberante de 15 metros que fica nas proximidades de Capitólio. A Cachoeira do Lobo fica no município de Guapé, a mais ou menos 16 km de Capitólio.

14. Cachoeira Fecho da Serra

Cachoeira bonita com uma longa queda d’água. Ela fica localizada a 29 km de Capitólio, perto do km 306 da MG-050.

15. Cachoeira do Grotão

Uma cachoeira linda que parece mais um véu de noiva. Queda d’água enorme. A Cachoeira do Grotão é pouco frequentada e, por isso, você vai encontrá-la quase sempre vazia. Fica localizada no km 286 da MG-050.

Por Cláudio Lacerda Oliva – revista Qual Viagem

Vini Jr., um dos astros do futebol mundial que defende o Real Madrid, vive em uma mansão de luxo no bairro de La Moraleja, ao norte de Madrid, de 10 milhões de euros, ou seja, algo em torno de R$ 60 milhões. Além de uma mansão, o brasileiro tem uma coleção de carros na garagem. Vale ressaltar que o jogador tem um patrimônio avaliado em 21 milhões de euros, de acordo com o “The Sun”.

O condomínio de luxo, que conta com campos de golfe e escolas particulares, fica perto da onde o clube merengue treina e também joga. São 15 minutos até o centro de treinamento e 30 minutos até o Santiago Bernabéu.

A mansão tem extrema privacidade e conta com elevados níveis de segurança, com um posto de proteção e até um quarto do pânico. Além disso, possui elevador interno e um sistema de automação residencial que permite controlar os aparelhos elétricos de uma casa de forma remota. Há também uma bem iluminada sala com grandes janelas e acesso direto ao jardim.

Localizada em uma área de 2.500 m², a residência possui seis quartos e seis banheiros, além de várias salas de estar grandes. O local também conta com uma sala de jogos, de cinema, espaço de bar, sauna a vapor e sauna seca, além de piscina privativa, quadra de tênis e campo de futebol com grama sintética.

Na academia, com aparelhos de última geração, uma pintura na parede e que indica as inspirações de Vini jr: a obra de arte inclui grandes atletas, como Kobe Bryant, Pelé, Cristiano Ronaldo e Ronaldo Fenômeno.

Vini Jr e suas paixões

Há pelo menos duas coisas que o brasileiro gosta de ter: carros e tênis. Assim, na sua garagem, ele começou com um Audi A7, que custa a partir de 55 mil euros. Depois, um SUV Q8 que pode custar até 105 mil euros. Além desses, também teve um Audi Q7, por cerca de 70 mil euros.

No entanto, no ano passado, o Real Madrid fechou um acordo com a BMW para ser o patrocinador automotivo. Dessa forma, Vini Jr colocou as mãos em um BMW i7 M70 xDrive, o modelo elétrico mais rápido que a marca alemã oferece, que pode custar cerca de 165 mil euros.

Quanto aos tênis, o brasileiro deixa mais de 120 pares guardados em um armário especial na mansão. O modelo favorito do atacante são os Nike Air Jordans. Aliás, ele sempre exibe nas redes sociais. Ele também tem uma paixão pelos Louis Vuitton x Nike Air Force 1s.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.

Vini Jr., um dos astros do futebol mundial que defende o Real Madrid, vive em uma mansão de luxo no bairro de La Moraleja, ao norte de Madrid, de 10 milhões de euros, ou seja, algo em torno de R$ 60 milhões. Além de uma mansão, o brasileiro tem uma coleção de carros na garagem. Vale ressaltar que o jogador tem um patrimônio avaliado em 21 milhões de euros, de acordo com o “The Sun”.

O condomínio de luxo, que conta com campos de golfe e escolas particulares, fica perto da onde o clube merengue treina e também joga. São 15 minutos até o centro de treinamento e 30 minutos até o Santiago Bernabéu.

A mansão tem extrema privacidade e conta com elevados níveis de segurança, com um posto de proteção e até um quarto do pânico. Além disso, possui elevador interno e um sistema de automação residencial que permite controlar os aparelhos elétricos de uma casa de forma remota. Há também uma bem iluminada sala com grandes janelas e acesso direto ao jardim.

Localizada em uma área de 2.500 m², a residência possui seis quartos e seis banheiros, além de várias salas de estar grandes. O local também conta com uma sala de jogos, de cinema, espaço de bar, sauna a vapor e sauna seca, além de piscina privativa, quadra de tênis e campo de futebol com grama sintética.

Na academia, com aparelhos de última geração, uma pintura na parede e que indica as inspirações de Vini jr: a obra de arte inclui grandes atletas, como Kobe Bryant, Pelé, Cristiano Ronaldo e Ronaldo Fenômeno.

Vini Jr e suas paixões

Há pelo menos duas coisas que o brasileiro gosta de ter: carros e tênis. Assim, na sua garagem, ele começou com um Audi A7, que custa a partir de 55 mil euros. Depois, um SUV Q8 que pode custar até 105 mil euros. Além desses, também teve um Audi Q7, por cerca de 70 mil euros.

No entanto, no ano passado, o Real Madrid fechou um acordo com a BMW para ser o patrocinador automotivo. Dessa forma, Vini Jr colocou as mãos em um BMW i7 M70 xDrive, o modelo elétrico mais rápido que a marca alemã oferece, que pode custar cerca de 165 mil euros.

Quanto aos tênis, o brasileiro deixa mais de 120 pares guardados em um armário especial na mansão. O modelo favorito do atacante são os Nike Air Jordans. Aliás, ele sempre exibe nas redes sociais. Ele também tem uma paixão pelos Louis Vuitton x Nike Air Force 1s.

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O condomínio de luxo, que conta com campos de golfe e escolas particulares, fica perto da onde o clube merengue treina e também joga. São 15 minutos até o centro de treinamento e 30 minutos até o Santiago Bernabéu.

A mansão tem extrema privacidade e conta com elevados níveis de segurança, com um posto de proteção e até um quarto do pânico. Além disso, possui elevador interno e um sistema de automação residencial que permite controlar os aparelhos elétricos de uma casa de forma remota. Há também uma bem iluminada sala com grandes janelas e acesso direto ao jardim.

Localizada em uma área de 2.500 m², a residência possui seis quartos e seis banheiros, além de várias salas de estar grandes. O local também conta com uma sala de jogos, de cinema, espaço de bar, sauna a vapor e sauna seca, além de piscina privativa, quadra de tênis e campo de futebol com grama sintética.

Na academia, com aparelhos de última geração, uma pintura na parede e que indica as inspirações de Vini jr: a obra de arte inclui grandes atletas, como Kobe Bryant, Pelé, Cristiano Ronaldo e Ronaldo Fenômeno.

Vini Jr e suas paixões

Há pelo menos duas coisas que o brasileiro gosta de ter: carros e tênis. Assim, na sua garagem, ele começou com um Audi A7, que custa a partir de 55 mil euros. Depois, um SUV Q8 que pode custar até 105 mil euros. Além desses, também teve um Audi Q7, por cerca de 70 mil euros.

No entanto, no ano passado, o Real Madrid fechou um acordo com a BMW para ser o patrocinador automotivo. Dessa forma, Vini Jr colocou as mãos em um BMW i7 M70 xDrive, o modelo elétrico mais rápido que a marca alemã oferece, que pode custar cerca de 165 mil euros.

Quanto aos tênis, o brasileiro deixa mais de 120 pares guardados em um armário especial na mansão. O modelo favorito do atacante são os Nike Air Jordans. Aliás, ele sempre exibe nas redes sociais. Ele também tem uma paixão pelos Louis Vuitton x Nike Air Force 1s.

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O corpo humano é composto por mais de 37 trilhões de células, cada uma com uma vida útil limitada.

Estas células são continuamente substituídas para manter a função dos órgãos e sistemas do organismo.

No entanto, com o passar do tempo, ou como resultado de danos, o número de células em funcionamento pode diminuir a um nível que cause sintomas ou até mesmo a falência do órgão.

A regeneração de órgãos e sistemas é um santo graal científico que depende das células-tronco — mas, devido ao seu número limitado e à lenta taxa de divisão, este não é um caminho prático para a regeneração de órgãos.

Seriam necessários muitos anos para repovoar todos os tipos de células necessários.

No entanto, algumas pessoas veem seus órgãos “reaparecerem”, como Katy Golden, que teve as amígdalas removidas pela segunda vez quando adulta, depois que elas voltaram a crescer ao longo de 40 anos.

Um dos motivos pelos quais as amígdalas podem voltar a crescer é o fato de uma das operações para removê-las ser uma amigdalectomia parcial.

A remoção de apenas parte das amígdalas leva a uma recuperação mais rápida e a menos complicações, mas cerca de 6% das crianças podem apresentar recrescimento, o que pode exigir uma nova cirurgia mais adiante na vida.

A maioria das pessoas associa a regeneração de órgãos ao fígado.

Uma porção de apenas 10% do fígado pode voltar a crescer e se tornar um fígado totalmente funcional.

É assim também que os transplantes parciais de fígado permitem que o órgão do doador volte a crescer até um tamanho normal e totalmente funcional.

O fígado tem uma capacidade impressionante de regeneração

Um órgão que tem uma capacidade surpreendente de se regenerar é o baço — e, às vezes, ele pode se regenerar sem que as pessoas percebam.

O baço é um órgão de alto risco de lesão, e é o órgão mais comumente lesionado em traumas abdominais contundentes durante acidentes de trânsito, lesões esportivas ou atividades triviais, como esbarrar em móveis.

O baço é de alto risco porque tem muitos vasos sanguíneos e, portanto, bastante sangue, mas é circundado apenas por uma cápsula fina que pode se romper em caso de trauma, permitindo que o sangue vaze. Isso pode resultar em morte se não for tratado imediatamente.

Além disso, pequenos pedaços do baço — às vezes, apenas algumas células — podem ser liberados no abdômen e “crescer” no local onde se instalam, o que é chamado de esplenose, passando a ter atividade funcional semelhante à de um baço maduro com localização normal.

Isso pode ser benéfico para aqueles que precisam ter o baço removido devido a lesões traumáticas, com alguns relatos sugerindo regeneração em até 66% dos pacientes.

Nos últimos anos, nossos pulmões também demonstraram ter capacidade regenerativa.

É sabido que o tabagismo e outros poluentes destroem os alvéolos (pequenos sacos de ar) por onde o oxigênio passa para o sangue. Foi demonstrado que parar de fumar permite que as células que evitaram os danos causados pelos produtos químicos causadores de câncer na fumaça do tabaco ajudem a regenerar e repovoar o revestimento de partes das vias aéreas com células saudáveis.

Quando um pulmão é removido, o pulmão remanescente precisa se adaptar para sustentar os tecidos do corpo e garantir que chegue oxigênio suficiente até eles.

Estudos mostram que o pulmão remanescente aumenta o número de alvéolos que possui, em vez de os alvéolos remanescentes compensarem aumentando de tamanho para absorver mais oxigênio.

Os pulmões também apresentam capacidade regenerativa

Não são apenas os órgãos internos que se regeneram. Um órgão que faz isso constantemente em uma escala gigantesca é a pele.

Por ser o maior órgão, ela tem várias funções de barreira para manter, por exemplo, a água dentro, e os germes fora. Com uma área de superfície de quase 2 m², a pele requer uma quantidade significativa de regeneração para repor as 500 milhões de células que são perdidas todos os dias — isso representa mais de 2 g de células epiteliais por dia.

Regeneração de tecidos é muito mais comum

Um dos tecidos regenerativos mais ativos é o revestimento endometrial do útero, que é eliminado a cada 28 dias como parte do ciclo menstrual, e passa por cerca de 450 ciclos durante a vida da mulher.

Esta camada varia de 0,5 a 18 mm de espessura, dependendo do estágio do ciclo menstrual, de células funcionais que são perdidas junto ao sangue dos vasos que sustentam um óvulo fecundado caso ele se implante.

A genitália masculina também pode apresentar regeneração. A vasectomia, que remove um pedaço do tubo (canal deferente) que conecta os testículos às aberturas da uretra, é usada para reduzir a chance de gravidez, impedindo que os espermatozoides se desloquem dos testículos para fora do pênis.

No entanto, as extremidades cortadas dos dutos demonstraram capacidade regenerativa, e se reconectaram.

Algumas partes, em que até 5 cm foram restringidos ou removidos, apresentaram regeneração, mesmo por meio de tecido cicatricial. Esta “recanalização” pode resultar em gestações inesperadas.

O osso é outro tecido que pode se regenerar. Se você já quebrou um osso, sabe que ele se repara para que (posteriormente) você recupere a função.

Esse processo de reparo da fratura leva de seis a oito semanas. Mas o processo de regeneração da arquitetura e da força do osso continua por meses e anos.

Quem já sofreu uma fratura, sabe que o tecido ósseo é outro exemplo

No entanto, com o aumento da idade e em mulheres na pós-menopausa, esse processo fica mais lento, e o osso pode não regenerar até alcançar sua força ou estrutura anterior.

Quando existem pares de órgãos, e um deles é perdido, há boas evidências de que o órgão remanescente pode aumentar sua capacidade funcional para ajudar o corpo a lidar com a manutenção da função. Por exemplo, quando um rim é removido, o rim remanescente aumenta para lidar com a carga de trabalho extra, filtrando o sangue e eliminando resíduos com eficiência.

Embora a regeneração de órgãos seja rara, ela acontece e normalmente leva anos para se manifestar, porque os órgãos são estruturas complexas.

Estudos estão em andamento para tentar entender como os cientistas podem desenvolver esse conhecimento para ajudar na escassez de órgãos de doadores.

Felizmente, a regeneração de tecidos acontece com muito mais frequência do que muita gente imagina, e é uma parte bastante necessária para se permanecer vivo.

* Adam Taylor é professor e diretor do Centro de Aprendizagem de Anatomia Clínica da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).

O corpo humano é composto por mais de 37 trilhões de células, cada uma com uma vida útil limitada.

Estas células são continuamente substituídas para manter a função dos órgãos e sistemas do organismo.

No entanto, com o passar do tempo, ou como resultado de danos, o número de células em funcionamento pode diminuir a um nível que cause sintomas ou até mesmo a falência do órgão.

A regeneração de órgãos e sistemas é um santo graal científico que depende das células-tronco — mas, devido ao seu número limitado e à lenta taxa de divisão, este não é um caminho prático para a regeneração de órgãos.

Seriam necessários muitos anos para repovoar todos os tipos de células necessários.

No entanto, algumas pessoas veem seus órgãos “reaparecerem”, como Katy Golden, que teve as amígdalas removidas pela segunda vez quando adulta, depois que elas voltaram a crescer ao longo de 40 anos.

Um dos motivos pelos quais as amígdalas podem voltar a crescer é o fato de uma das operações para removê-las ser uma amigdalectomia parcial.

A remoção de apenas parte das amígdalas leva a uma recuperação mais rápida e a menos complicações, mas cerca de 6% das crianças podem apresentar recrescimento, o que pode exigir uma nova cirurgia mais adiante na vida.

A maioria das pessoas associa a regeneração de órgãos ao fígado.

Uma porção de apenas 10% do fígado pode voltar a crescer e se tornar um fígado totalmente funcional.

É assim também que os transplantes parciais de fígado permitem que o órgão do doador volte a crescer até um tamanho normal e totalmente funcional.

O fígado tem uma capacidade impressionante de regeneração

Um órgão que tem uma capacidade surpreendente de se regenerar é o baço — e, às vezes, ele pode se regenerar sem que as pessoas percebam.

O baço é um órgão de alto risco de lesão, e é o órgão mais comumente lesionado em traumas abdominais contundentes durante acidentes de trânsito, lesões esportivas ou atividades triviais, como esbarrar em móveis.

O baço é de alto risco porque tem muitos vasos sanguíneos e, portanto, bastante sangue, mas é circundado apenas por uma cápsula fina que pode se romper em caso de trauma, permitindo que o sangue vaze. Isso pode resultar em morte se não for tratado imediatamente.

Além disso, pequenos pedaços do baço — às vezes, apenas algumas células — podem ser liberados no abdômen e “crescer” no local onde se instalam, o que é chamado de esplenose, passando a ter atividade funcional semelhante à de um baço maduro com localização normal.

Isso pode ser benéfico para aqueles que precisam ter o baço removido devido a lesões traumáticas, com alguns relatos sugerindo regeneração em até 66% dos pacientes.

Nos últimos anos, nossos pulmões também demonstraram ter capacidade regenerativa.

É sabido que o tabagismo e outros poluentes destroem os alvéolos (pequenos sacos de ar) por onde o oxigênio passa para o sangue. Foi demonstrado que parar de fumar permite que as células que evitaram os danos causados pelos produtos químicos causadores de câncer na fumaça do tabaco ajudem a regenerar e repovoar o revestimento de partes das vias aéreas com células saudáveis.

Quando um pulmão é removido, o pulmão remanescente precisa se adaptar para sustentar os tecidos do corpo e garantir que chegue oxigênio suficiente até eles.

Estudos mostram que o pulmão remanescente aumenta o número de alvéolos que possui, em vez de os alvéolos remanescentes compensarem aumentando de tamanho para absorver mais oxigênio.

Os pulmões também apresentam capacidade regenerativa

Não são apenas os órgãos internos que se regeneram. Um órgão que faz isso constantemente em uma escala gigantesca é a pele.

Por ser o maior órgão, ela tem várias funções de barreira para manter, por exemplo, a água dentro, e os germes fora. Com uma área de superfície de quase 2 m², a pele requer uma quantidade significativa de regeneração para repor as 500 milhões de células que são perdidas todos os dias — isso representa mais de 2 g de células epiteliais por dia.

Regeneração de tecidos é muito mais comum

Um dos tecidos regenerativos mais ativos é o revestimento endometrial do útero, que é eliminado a cada 28 dias como parte do ciclo menstrual, e passa por cerca de 450 ciclos durante a vida da mulher.

Esta camada varia de 0,5 a 18 mm de espessura, dependendo do estágio do ciclo menstrual, de células funcionais que são perdidas junto ao sangue dos vasos que sustentam um óvulo fecundado caso ele se implante.

A genitália masculina também pode apresentar regeneração. A vasectomia, que remove um pedaço do tubo (canal deferente) que conecta os testículos às aberturas da uretra, é usada para reduzir a chance de gravidez, impedindo que os espermatozoides se desloquem dos testículos para fora do pênis.

No entanto, as extremidades cortadas dos dutos demonstraram capacidade regenerativa, e se reconectaram.

Algumas partes, em que até 5 cm foram restringidos ou removidos, apresentaram regeneração, mesmo por meio de tecido cicatricial. Esta “recanalização” pode resultar em gestações inesperadas.

O osso é outro tecido que pode se regenerar. Se você já quebrou um osso, sabe que ele se repara para que (posteriormente) você recupere a função.

Esse processo de reparo da fratura leva de seis a oito semanas. Mas o processo de regeneração da arquitetura e da força do osso continua por meses e anos.

Quem já sofreu uma fratura, sabe que o tecido ósseo é outro exemplo

No entanto, com o aumento da idade e em mulheres na pós-menopausa, esse processo fica mais lento, e o osso pode não regenerar até alcançar sua força ou estrutura anterior.

Quando existem pares de órgãos, e um deles é perdido, há boas evidências de que o órgão remanescente pode aumentar sua capacidade funcional para ajudar o corpo a lidar com a manutenção da função. Por exemplo, quando um rim é removido, o rim remanescente aumenta para lidar com a carga de trabalho extra, filtrando o sangue e eliminando resíduos com eficiência.

Embora a regeneração de órgãos seja rara, ela acontece e normalmente leva anos para se manifestar, porque os órgãos são estruturas complexas.

Estudos estão em andamento para tentar entender como os cientistas podem desenvolver esse conhecimento para ajudar na escassez de órgãos de doadores.

Felizmente, a regeneração de tecidos acontece com muito mais frequência do que muita gente imagina, e é uma parte bastante necessária para se permanecer vivo.

* Adam Taylor é professor e diretor do Centro de Aprendizagem de Anatomia Clínica da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).

Por Carla Calzini* — Em uma análise retrospectiva das transações de Fusões e Aquisições (M&A) efetuadas ao longo do ano passado no Brasil, é possível concluir que 2024 trouxe mudanças significativas nas dinâmicas de mercado e no amadurecimento do perfil do investidor.

Isso porque o mercado brasileiro mostrou sinais de recuperação, com um aumento de 20,42% no valor total das transações, movimentando cerca de BRL 260 bilhões, segundo dados extraídos do relatório anual do TTR Data.

Embora o número de transações tenha caído cerca de 21% em comparação ao ano anterior, o mercado brasileiro apresentou uma significativa recuperação, com menos transações, mas com valores mais elevados, o que demonstra um aumento na confiança dos investidores após um período de declínio.

Das transações divulgadas ao TTR Data, 79,93% tiveram valor superior a BRL 500 milhões.

Os setores líderes das transações de M&A foram Internet, Software & TI Services; Real Estate; Industry Specific Software; e Banking & Investment, embora alguns tenham apresentado queda no volume em comparação ao número de operações em 2023.

As transações cross-border continuaram a desempenhar um papel crucial no mercado de M&A brasileiro em 2024. Ainda de acordo com o relatório anual do TTR Data, as aquisições inbound totalizaram BRL 71,41 bilhões. Os Estados Unidos, Reino Unido, França e Japão foram os principais países de origem dos investimentos estrangeiros. Já as aquisições outbound atingiram BRL 37,85 bilhões, com os investidores brasileiros diversificando sua presença global.

Em linha com as tendências globais, o Brasil testemunhou um aumento significativo nas transações de energia renovável. A transição energética para fontes mais limpas e sustentáveis motivou empresas tradicionais de energia a investirem em operações de energia solar, eólica e biomassa, reforçando o compromisso com os objetivos de sustentabilidade e redução de poluentes. Como destaque no setor de energia em 2024, houve a compra da AES Brasil pela Auren. Vale ressaltar que esse setor continua sendo uma das grandes apostas de crescimento para o corrente ano, especialmente com o avanço do mercado livre de energia.

O setor de infraestrutura também teve grande representação nas operações de M&A em 2024, sendo também uma das grandes apostas para 2025. Destaca-se a venda, pelo Governo de São Paulo, de 15% da Sabesp para a Equatorial Energia.

Ademais, a busca por inovação e a inserção da inteligência artificial nas soluções empresariais impulsionaram a expansão de serviços digitais, levando a uma série de aquisições em 2024 nos setores de TI, ERPs e fintechs. Como destaque, a multinacional italiana de software Zucchetti adquiriu a D4Sign e a AppBarber.

O setor agropecuário brasileiro, um dos pilares da economia do país, também demonstrou crescimento expressivo em relação a 2023, com a participação de investidores nacionais e estrangeiros nas operações registradas, destacando-se os setores de sementes, fertilizantes e bioenergia. O mercado, ainda fragmentado, propicia consolidações por grandes players. Como exemplos, pode-se citar a compra, pela britânica BP, da metade que pertencia à Bunge na joint venture de bioenergia, e a aquisição, pelo Pátria, de 80% da sementeira Sementes São Francisco.

Não podemos deixar de frisar a tendência de determinado perfil de empresas que têm se valido da venda de participações minoritárias para obtenção de recursos, visando viabilizar sua expansão, sofisticação ou preparação para abertura de capital. Esse tipo de transação apresentou um aumento expressivo quando comparado aos anos anteriores.

Embora esses resultados demonstrem um aumento na confiança do mercado para as projeções de 2025, um cenário de inflação e juros elevados no Brasil, associado a incertezas políticas, pode representar insegurança para os investidores, além de influenciar o perfil do investidor diante das perspectivas para a eleição presidencial de 2026.

Por outro lado, mesmo diante de um panorama de possíveis dúvidas para 2025, o mercado brasileiro, analisado sob um recorte por segmentos específicos, apresenta grande potencial para avançar com um volume expressivo de transações de M&A, criando muitas oportunidades, apesar dos desafios já conhecidos.

*Sócia de M&A I Briganti Advogados

Um dos primeiros atos do novo presidente da Câmara, Hugo Motta, que se distinguirá do antecessor, começará a aparecer a partir da na reunião de líderes. Ele vai ampliar o “Colégio de Líderes” e incluir os integrantes da sua Mesa Diretora, além de representantes do baixo clero — que faz questão — e das cinco regiões do país, indicados por suas bancadas. Deseja, assim, uma decisão de pauta semanal mais plural e democrática possível, ouvindo mais gente além dos caciques partidários. Motta quer começar inovando para não parecer que a sombra de Arthur Lira está atrás da poltrona no gabinete.

Juliano Pasqual, novo secretário de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro – que substituiu Leonardo Lobo após cumprir período acordado com o governo – chegou bem avalizado ao cargo. Tem o apoio do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, da bancada federal na Câmara. Entra num momento importante para o Estado, que renegocia sua dívida e o direito infraconstitucional em variados temas.

Com a eleição de Hugo Motta para a presidência da Câmara, o Itamaraty teme perder cargo privilegiado na Casa. É que, desde Rodrigo Maia, o assessor internacional da Presidência da Câmara é um diplomata afinado com o Governo, indicado para blindar o MRE. O mesmo vale para o Senado, que também conta com um diplomata cedido pelo Itamaraty para cuidar dos interesses da Pasta.

O Brasil tem 2.633 municípios inscritos na Dívida Ativa com saldo negativo de mais de R$ 40 bilhões, segundo o Boletim das Finanças Municipais, da Confederação Nacional de Municípios. Lideram o ranking cidades do Paraná (R$ 8,1 bilhões), Pará (R$ 5,6 bi), Rio de Janeiro (R$ 4,8 bi), Espírito Santo (R$ 4,3 bi) e Minas Gerais (R$ 2,9 bi). Os Estados com mais prefeituras na lista são: RS, PR, BA, MG e SP.

O Grupo Águia Branca deu o maior lance (R$ 3,02 milhões por mês) e deve levar o leilão do arrendamento das linhas de ônibus da Viação Itapemirim. Desbancou a Expresso União (Grupo Comporta). O arrendamento vai propiciar aos credores da massa falida receita anual superior a R$ 36 milhões. O arrendamento, explorado pela Suzantur (de Mauá-SP), se encerra dia 27, e rendia módicos R$ 200 mil por mês.

A recepção de Nicolás Maduro ao enviado especial de Donald Trump no último dia 31 de janeiro chamou a atenção da diplomacia brasileira. Richard Grenell foi recebido no no Palácio de Miraflores repleto de bandeiras dos EUA e por um Maduro sorridente e simpático. Grenell avisou que vai deportar 400 membros do Trem de Aragua, o “PCC venezuelano”, e a Venezuela devolveu cinco americanos detidos no país.

#Auddas lança livro sobre gestão empresarial: “Do Planejamento Estratégico ao M&A”.

#Graphcoa expande atuação com planta de grafite e portfólio diversificado.

#Pesquisa do IFec RJ: consumidores iniciam 2025 com menos dívidas. #FAS Advogados lança site com foco em inovação e experiência do usuário.

#ABT nomeia John Anthony von Christian como presidente executivo .#PaGol amplia receita em 17% e reduz inadimplência em 51% com Serasa Experian.

Dia 31 de janeiro de 2025, 8h30 da manhã, no horário de Brasília. Esta é a última entrada no diário das expedições polares de Jefferson Simões. E o encerramento veio em grande estilo, com uma longa circum-navegação da Antártida. “Dizem que quem vem à Antártida uma vez sempre quer voltar. Isso é verdade.”

O pesquisador polar, porém, parece satisfeito com as 29 visitas às regiões polares do planeta —a primeira pisada polar foi em 1985 no Ártico e a estreia na Antártida viria cinco anos depois. Ele nem mesmo planejava estar na Antártida nesse momento, mas aproveitou a porta aberta para a chance única de uma circum-navegação. “Tu voltas por causa da paisagem.”

Aos 66 anos, porém, se vê com uma nova missão: “Com essa idade você tem que ser mentor. Tem que passar o bastão para a nova geração”.

Simões diz que três países do Brics —especificamente Rússia, Índia e China— possuem institutos nacionais de pesquisa polar, enquanto o Brasil só tem o Centro Polar e Climático, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), do qual ele faz parte. Aponta ainda o baixo investimento em pesquisa antártica, em comparação a outros países do bloco.

De toda forma, a última missão de Simões pode ajudar na compreensão da importante instabilidade dinâmica de geleiras de parte da Antártida. Em relação a isso, o pesquisador menciona a geleira Thwaites e explica, nesta última reportagem da série Diário da Antártida, por que essa massa gelada é às vezes chamada de geleira do fim do mundo.

Dizem que quem vem à Antártida uma vez sempre quer voltar. Isso é verdade. Mesmo eu que já estou indo para a minha 29ª expedição nas duas regiões polares. Tu voltas por causa da paisagem, para ir a alguns lugares aos quais ninguém foi.

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Ir à Antártida é quase como se ir no outro planeta. Quando você está no interior do continente, principalmente, onde em todo o teu horizonte não tem ninguém. Minhas missões, muitas vezes, são a 500 km da estação mais próxima, a 600 km. No interior da Antártida é um isolamento total. Você tem condições diferentes do Sol, que às vezes faz miragens, faz halos.

E, se você está na costa, é claro, tem uma fauna deslumbrante. Todos os dias, nessa missão aqui, o pessoal vê toda espécie de pinguins, baleias, aves. Eu gosto muito do trabalho de campo. É o contato com a natureza, é o desafio. Às vezes tu estás passando frio, às vezes tu estás molhado. Mas tu estás sempre nesse ambiente extremamente bom, com amigos, colegas trabalhando em cooperação, isso tudo ajuda. Você está no limite da sobrevivência muitas vezes.

Isso tudo vai fazer falta. Mas tem que seguir o caminho. Está na hora da gurizada —de 40 anos— pegar adiante e fazer esses trabalhos de campo, liderar esses trabalhos.

Dificilmente tu visualizas [alguma mudança] a olho nu. Mas quando você chega, por exemplo, à Ilha Rei Jorge —agora nós passamos alguns dias lá, e também estive nela nos anos 1990—, eu olho para as geleiras e elas já recuaram. Temos uma geleira que monitoramos há décadas e ela recuou mais de mil metros nos últimos 40 anos, 2.000 metros nos últimos 60. Essas coisas vemos a olho nu.

O que a gente chama linha de neve, aquela linha na qual a neve sobrevive no final do verão, está cada vez mais alta. Tem mais gramíneas, os musgos estão se espalhando mais, mas isso é na periferia da Antártida.

Para o leigo, muitas vezes, é contraditório: na periferia da Antártida está ocorrendo rápido descongelamento, perda de massa, contribuindo já para o aumento do nível do mar. Mas, ao mesmo tempo está aumentando a neve que cai no interior da Antártida, porque o mar está mais aquecido e mais neve é levada para o interior da Antártida. É a natureza, né? Não é linear a vida. Acredite ou não, no planeta Terra a gente tem gelo quente, que é o gelo ameno, temperatura entre -2°C e 0°C, e temos locais da Antártida em que o gelo está a -55°C —não espere que o clima de Manaus e Porto Alegre seja o mesmo. É a mesma coisa na Antártida.

Nós temos uma palavra técnica para isso [derretimento na periferia e mais neve no centro]: o balanço de massa do manto de gelo antártico. Esse balanço de massa é igual ao que está caindo menos o que está derretendo. E o que está derretendo está vencendo.

A Antártida vai começar a responder mais rapidamente agora ao aquecimento, nos próximos dez, 15 anos. Por enquanto, a contribuição do aumento do nível do mar vem da Groenlândia e das geleiras não polares. Até agora o que estamos observando é um derretimento de cerca de 2% a 3% do gelo do planeta. É de onde sai aquele cenário de um aumento de entre 40 centímetros até 1,20 m [do nível do mar] até 2100.

Você já deve ter ouvido sobre a geleira Thwaites, a geleira do fim do mundo. Existe instabilidade dinâmica de algumas geleiras, que descarrega o gelo do continente para dentro do oceano. Você transferiria uma massa enorme de gelo. Isso poderia levar a um aumento catastrófico do nível médio do mar. Poderia, em um período de 200 a 300 anos, implicar aumento do nível do mar de 5 m a 7 m.

Isso hoje é uma das áreas de mais interesse dos programas antárticos. Nós temos que responder a essa questão. Eu, como glaciólogo, tenho que, é minha obrigação, inclusive, não só científica, mas moral, de tentar melhorar o nosso conhecimento. Nós pegamos dados na frente dessas geleiras. Medimos, tiramos amostras de neve e gelo de algumas dessas geleiras, foram feitos levantamentos oceanográficos à frente dessas geleiras, amostras de sedimentos, de fundo, de água, de diferentes profundidades, e, ao mesmo tempo, tínhamos um levantamento geofísico aéreo, levantando qual é a posição hoje da linha de flutuação dessas geleiras —mais críticas, que têm o potencial de fluir mais rapidamente para dentro do oceano.

Diário da Antártida

Série apresenta bastidores, desafios e achados da expedição que busca completar a circum-navegação do continente

Expedição à Antártida corre para aproveitar janela entre ciclones e evita falar de política

Glaciólogo Jefferson Simões conta sobre o início dos trabalhos científicos no quebra-gelo russo

Cientista busca ciclones na Antártida após quase 15 anos de espera por expedição

Camila Carpenedo conta como balões atmosféricos podem ajudar na compreensão da crise climática

Agrônomo cava solo da Antártida para ‘plantar’ sondas climáticas

Marcio Francelino, da Universidade Federal de Viçosa, está em sua 17ª expedição ao continente

Bióloga vira guia para fazer da Antártida seu lar e entender o que é a vida

Emanuele Kuhn decidiu passar o maior tempo possível no gelo e atuar com educação ambiental

Em conexão Antártida-Nordeste, biólogo pesca zooplânctons para investigar cadeia alimentar

Pedro Melo, da Universidade Federal de Pernambuco, tenta entender e prever possíveis impactos da crise climática

Presos em tempestade, cientistas celebram Natal em pequena barraca no gelo da Antártida

Filipe Lindau e colegas evitavam ao máximo sair do abrigo devido ao clima extremo e ao desconforto

Luva gera correria na Antártida, e cientistas se vigiam para deixar só pegadas

Venisse Schossler, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é a única mulher na coordenação da circum-navegação

Em primeira missão à Antártida, cientista russo se sente como criança em loja de doces

Pesquisador Nikita Kusse-Tiuz realiza sonho de ver foca e diz que quase não há dias sem pinguim

Em expedição à Antártida, inglês une cientistas indianos de diferentes origens

Shramik Patil, chefe da delegação do país, diz que, às vezes, também recorrem ao Google Tradutor

Alguns chineses e indianos vão sair daqui e ficar mais 45 dias em outra missão. Um dos nossos colegas, o Renato Romano, vai continuar mais 40 dias na Antártida, trabalhando na estação [brasileira Comandante Ferraz]. Quase toda a carga dos brasileiros deixamos lá; fica mais fácil sendo transportada pelo navio da marinha.

Eu entro em férias. Estou prometendo que essa foi a minha última missão.

Uma das coisas que posso dizer com certeza que nos impressionou [nesta missão] foi conseguir observar um daqueles rios atmosféricos. A gente estava olhando na imagem de satélite, um daqueles rios atmosféricos que vem lá da Amazônia e chega à Antártida. Vamos ver se, nessas amostras que coletamos de neve, vai ter um aumento de carbono negro —proveniente da queima de floresta. A circulação é interessante: sai da Amazônia, a massa de ar vai contra os Andes, desce até a latitude do Rio Grande do Sul, e aí vem vindo até chegar à Antártida. Com balões atmosféricos, você vê variações da umidade. Tu vais juntando, tu vais contando uma história, né?

As regiões polares são partes indissociáveis, conjuntas, unidas por todo o sistema climático. O que ocorre na Antártida afeta o cotidiano brasileiro. O sistema é casado. E as regiões polares estão se tornando cada vez mais importantes. Veja o Trump. As mudanças do clima já modificaram a tal ponto essas regiões que estão trazendo, consequentemente, mudanças políticas, de estratégias militares, de presença de diferentes países, aumento do interesse pelo potencial dessas regiões. O Brasil tem que prestar atenção nisso.

A comunidade científica gostaria de ter pelo menos uma instituição de pesquisa civil acadêmica, como vários países têm. O investimento tem sido muito restrito. A América Latina, como um todo, é uma montanha-russa: às vezes tem dinheiro, às vezes não tem nada.

Dia 31 de janeiro de 2025, 8h30 da manhã, no horário de Brasília. Esta é a última entrada no diário das expedições polares de Jefferson Simões. E o encerramento veio em grande estilo, com uma longa circum-navegação da Antártida. “Dizem que quem vem à Antártida uma vez sempre quer voltar. Isso é verdade.”

O pesquisador polar, porém, parece satisfeito com as 29 visitas às regiões polares do planeta —a primeira pisada polar foi em 1985 no Ártico e a estreia na Antártida viria cinco anos depois. Ele nem mesmo planejava estar na Antártida nesse momento, mas aproveitou a porta aberta para a chance única de uma circum-navegação. “Tu voltas por causa da paisagem.”

Aos 66 anos, porém, se vê com uma nova missão: “Com essa idade você tem que ser mentor. Tem que passar o bastão para a nova geração”.

Simões diz que três países do Brics —especificamente Rússia, Índia e China— possuem institutos nacionais de pesquisa polar, enquanto o Brasil só tem o Centro Polar e Climático, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), do qual ele faz parte. Aponta ainda o baixo investimento em pesquisa antártica, em comparação a outros países do bloco.

De toda forma, a última missão de Simões pode ajudar na compreensão da importante instabilidade dinâmica de geleiras de parte da Antártida. Em relação a isso, o pesquisador menciona a geleira Thwaites e explica, nesta última reportagem da série Diário da Antártida, por que essa massa gelada é às vezes chamada de geleira do fim do mundo.

Dizem que quem vem à Antártida uma vez sempre quer voltar. Isso é verdade. Mesmo eu que já estou indo para a minha 29ª expedição nas duas regiões polares. Tu voltas por causa da paisagem, para ir a alguns lugares aos quais ninguém foi.

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Ir à Antártida é quase como se ir no outro planeta. Quando você está no interior do continente, principalmente, onde em todo o teu horizonte não tem ninguém. Minhas missões, muitas vezes, são a 500 km da estação mais próxima, a 600 km. No interior da Antártida é um isolamento total. Você tem condições diferentes do Sol, que às vezes faz miragens, faz halos.

E, se você está na costa, é claro, tem uma fauna deslumbrante. Todos os dias, nessa missão aqui, o pessoal vê toda espécie de pinguins, baleias, aves. Eu gosto muito do trabalho de campo. É o contato com a natureza, é o desafio. Às vezes tu estás passando frio, às vezes tu estás molhado. Mas tu estás sempre nesse ambiente extremamente bom, com amigos, colegas trabalhando em cooperação, isso tudo ajuda. Você está no limite da sobrevivência muitas vezes.

Isso tudo vai fazer falta. Mas tem que seguir o caminho. Está na hora da gurizada —de 40 anos— pegar adiante e fazer esses trabalhos de campo, liderar esses trabalhos.

Dificilmente tu visualizas [alguma mudança] a olho nu. Mas quando você chega, por exemplo, à Ilha Rei Jorge —agora nós passamos alguns dias lá, e também estive nela nos anos 1990—, eu olho para as geleiras e elas já recuaram. Temos uma geleira que monitoramos há décadas e ela recuou mais de mil metros nos últimos 40 anos, 2.000 metros nos últimos 60. Essas coisas vemos a olho nu.

O que a gente chama linha de neve, aquela linha na qual a neve sobrevive no final do verão, está cada vez mais alta. Tem mais gramíneas, os musgos estão se espalhando mais, mas isso é na periferia da Antártida.

Para o leigo, muitas vezes, é contraditório: na periferia da Antártida está ocorrendo rápido descongelamento, perda de massa, contribuindo já para o aumento do nível do mar. Mas, ao mesmo tempo está aumentando a neve que cai no interior da Antártida, porque o mar está mais aquecido e mais neve é levada para o interior da Antártida. É a natureza, né? Não é linear a vida. Acredite ou não, no planeta Terra a gente tem gelo quente, que é o gelo ameno, temperatura entre -2°C e 0°C, e temos locais da Antártida em que o gelo está a -55°C —não espere que o clima de Manaus e Porto Alegre seja o mesmo. É a mesma coisa na Antártida.

Nós temos uma palavra técnica para isso [derretimento na periferia e mais neve no centro]: o balanço de massa do manto de gelo antártico. Esse balanço de massa é igual ao que está caindo menos o que está derretendo. E o que está derretendo está vencendo.

A Antártida vai começar a responder mais rapidamente agora ao aquecimento, nos próximos dez, 15 anos. Por enquanto, a contribuição do aumento do nível do mar vem da Groenlândia e das geleiras não polares. Até agora o que estamos observando é um derretimento de cerca de 2% a 3% do gelo do planeta. É de onde sai aquele cenário de um aumento de entre 40 centímetros até 1,20 m [do nível do mar] até 2100.

Você já deve ter ouvido sobre a geleira Thwaites, a geleira do fim do mundo. Existe instabilidade dinâmica de algumas geleiras, que descarrega o gelo do continente para dentro do oceano. Você transferiria uma massa enorme de gelo. Isso poderia levar a um aumento catastrófico do nível médio do mar. Poderia, em um período de 200 a 300 anos, implicar aumento do nível do mar de 5 m a 7 m.

Isso hoje é uma das áreas de mais interesse dos programas antárticos. Nós temos que responder a essa questão. Eu, como glaciólogo, tenho que, é minha obrigação, inclusive, não só científica, mas moral, de tentar melhorar o nosso conhecimento. Nós pegamos dados na frente dessas geleiras. Medimos, tiramos amostras de neve e gelo de algumas dessas geleiras, foram feitos levantamentos oceanográficos à frente dessas geleiras, amostras de sedimentos, de fundo, de água, de diferentes profundidades, e, ao mesmo tempo, tínhamos um levantamento geofísico aéreo, levantando qual é a posição hoje da linha de flutuação dessas geleiras —mais críticas, que têm o potencial de fluir mais rapidamente para dentro do oceano.

Diário da Antártida

Série apresenta bastidores, desafios e achados da expedição que busca completar a circum-navegação do continente

Expedição à Antártida corre para aproveitar janela entre ciclones e evita falar de política

Glaciólogo Jefferson Simões conta sobre o início dos trabalhos científicos no quebra-gelo russo

Cientista busca ciclones na Antártida após quase 15 anos de espera por expedição

Camila Carpenedo conta como balões atmosféricos podem ajudar na compreensão da crise climática

Agrônomo cava solo da Antártida para ‘plantar’ sondas climáticas

Marcio Francelino, da Universidade Federal de Viçosa, está em sua 17ª expedição ao continente

Bióloga vira guia para fazer da Antártida seu lar e entender o que é a vida

Emanuele Kuhn decidiu passar o maior tempo possível no gelo e atuar com educação ambiental

Em conexão Antártida-Nordeste, biólogo pesca zooplânctons para investigar cadeia alimentar

Pedro Melo, da Universidade Federal de Pernambuco, tenta entender e prever possíveis impactos da crise climática

Presos em tempestade, cientistas celebram Natal em pequena barraca no gelo da Antártida

Filipe Lindau e colegas evitavam ao máximo sair do abrigo devido ao clima extremo e ao desconforto

Luva gera correria na Antártida, e cientistas se vigiam para deixar só pegadas

Venisse Schossler, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é a única mulher na coordenação da circum-navegação

Em primeira missão à Antártida, cientista russo se sente como criança em loja de doces

Pesquisador Nikita Kusse-Tiuz realiza sonho de ver foca e diz que quase não há dias sem pinguim

Em expedição à Antártida, inglês une cientistas indianos de diferentes origens

Shramik Patil, chefe da delegação do país, diz que, às vezes, também recorrem ao Google Tradutor

Alguns chineses e indianos vão sair daqui e ficar mais 45 dias em outra missão. Um dos nossos colegas, o Renato Romano, vai continuar mais 40 dias na Antártida, trabalhando na estação [brasileira Comandante Ferraz]. Quase toda a carga dos brasileiros deixamos lá; fica mais fácil sendo transportada pelo navio da marinha.

Eu entro em férias. Estou prometendo que essa foi a minha última missão.

Uma das coisas que posso dizer com certeza que nos impressionou [nesta missão] foi conseguir observar um daqueles rios atmosféricos. A gente estava olhando na imagem de satélite, um daqueles rios atmosféricos que vem lá da Amazônia e chega à Antártida. Vamos ver se, nessas amostras que coletamos de neve, vai ter um aumento de carbono negro —proveniente da queima de floresta. A circulação é interessante: sai da Amazônia, a massa de ar vai contra os Andes, desce até a latitude do Rio Grande do Sul, e aí vem vindo até chegar à Antártida. Com balões atmosféricos, você vê variações da umidade. Tu vais juntando, tu vais contando uma história, né?

As regiões polares são partes indissociáveis, conjuntas, unidas por todo o sistema climático. O que ocorre na Antártida afeta o cotidiano brasileiro. O sistema é casado. E as regiões polares estão se tornando cada vez mais importantes. Veja o Trump. As mudanças do clima já modificaram a tal ponto essas regiões que estão trazendo, consequentemente, mudanças políticas, de estratégias militares, de presença de diferentes países, aumento do interesse pelo potencial dessas regiões. O Brasil tem que prestar atenção nisso.

A comunidade científica gostaria de ter pelo menos uma instituição de pesquisa civil acadêmica, como vários países têm. O investimento tem sido muito restrito. A América Latina, como um todo, é uma montanha-russa: às vezes tem dinheiro, às vezes não tem nada.