Dia 31 de janeiro de 2025, 8h30 da manhã, no horário de Brasília. Esta é a última entrada no diário das expedições polares de Jefferson Simões. E o encerramento veio em grande estilo, com uma longa circum-navegação da Antártida. “Dizem que quem vem à Antártida uma vez sempre quer voltar. Isso é verdade.”

O pesquisador polar, porém, parece satisfeito com as 29 visitas às regiões polares do planeta —a primeira pisada polar foi em 1985 no Ártico e a estreia na Antártida viria cinco anos depois. Ele nem mesmo planejava estar na Antártida nesse momento, mas aproveitou a porta aberta para a chance única de uma circum-navegação. “Tu voltas por causa da paisagem.”

Aos 66 anos, porém, se vê com uma nova missão: “Com essa idade você tem que ser mentor. Tem que passar o bastão para a nova geração”.

Simões diz que três países do Brics —especificamente Rússia, Índia e China— possuem institutos nacionais de pesquisa polar, enquanto o Brasil só tem o Centro Polar e Climático, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), do qual ele faz parte. Aponta ainda o baixo investimento em pesquisa antártica, em comparação a outros países do bloco.

De toda forma, a última missão de Simões pode ajudar na compreensão da importante instabilidade dinâmica de geleiras de parte da Antártida. Em relação a isso, o pesquisador menciona a geleira Thwaites e explica, nesta última reportagem da série Diário da Antártida, por que essa massa gelada é às vezes chamada de geleira do fim do mundo.

Dizem que quem vem à Antártida uma vez sempre quer voltar. Isso é verdade. Mesmo eu que já estou indo para a minha 29ª expedição nas duas regiões polares. Tu voltas por causa da paisagem, para ir a alguns lugares aos quais ninguém foi.

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Ir à Antártida é quase como se ir no outro planeta. Quando você está no interior do continente, principalmente, onde em todo o teu horizonte não tem ninguém. Minhas missões, muitas vezes, são a 500 km da estação mais próxima, a 600 km. No interior da Antártida é um isolamento total. Você tem condições diferentes do Sol, que às vezes faz miragens, faz halos.

E, se você está na costa, é claro, tem uma fauna deslumbrante. Todos os dias, nessa missão aqui, o pessoal vê toda espécie de pinguins, baleias, aves. Eu gosto muito do trabalho de campo. É o contato com a natureza, é o desafio. Às vezes tu estás passando frio, às vezes tu estás molhado. Mas tu estás sempre nesse ambiente extremamente bom, com amigos, colegas trabalhando em cooperação, isso tudo ajuda. Você está no limite da sobrevivência muitas vezes.

Isso tudo vai fazer falta. Mas tem que seguir o caminho. Está na hora da gurizada —de 40 anos— pegar adiante e fazer esses trabalhos de campo, liderar esses trabalhos.

Dificilmente tu visualizas [alguma mudança] a olho nu. Mas quando você chega, por exemplo, à Ilha Rei Jorge —agora nós passamos alguns dias lá, e também estive nela nos anos 1990—, eu olho para as geleiras e elas já recuaram. Temos uma geleira que monitoramos há décadas e ela recuou mais de mil metros nos últimos 40 anos, 2.000 metros nos últimos 60. Essas coisas vemos a olho nu.

O que a gente chama linha de neve, aquela linha na qual a neve sobrevive no final do verão, está cada vez mais alta. Tem mais gramíneas, os musgos estão se espalhando mais, mas isso é na periferia da Antártida.

Para o leigo, muitas vezes, é contraditório: na periferia da Antártida está ocorrendo rápido descongelamento, perda de massa, contribuindo já para o aumento do nível do mar. Mas, ao mesmo tempo está aumentando a neve que cai no interior da Antártida, porque o mar está mais aquecido e mais neve é levada para o interior da Antártida. É a natureza, né? Não é linear a vida. Acredite ou não, no planeta Terra a gente tem gelo quente, que é o gelo ameno, temperatura entre -2°C e 0°C, e temos locais da Antártida em que o gelo está a -55°C —não espere que o clima de Manaus e Porto Alegre seja o mesmo. É a mesma coisa na Antártida.

Nós temos uma palavra técnica para isso [derretimento na periferia e mais neve no centro]: o balanço de massa do manto de gelo antártico. Esse balanço de massa é igual ao que está caindo menos o que está derretendo. E o que está derretendo está vencendo.

A Antártida vai começar a responder mais rapidamente agora ao aquecimento, nos próximos dez, 15 anos. Por enquanto, a contribuição do aumento do nível do mar vem da Groenlândia e das geleiras não polares. Até agora o que estamos observando é um derretimento de cerca de 2% a 3% do gelo do planeta. É de onde sai aquele cenário de um aumento de entre 40 centímetros até 1,20 m [do nível do mar] até 2100.

Você já deve ter ouvido sobre a geleira Thwaites, a geleira do fim do mundo. Existe instabilidade dinâmica de algumas geleiras, que descarrega o gelo do continente para dentro do oceano. Você transferiria uma massa enorme de gelo. Isso poderia levar a um aumento catastrófico do nível médio do mar. Poderia, em um período de 200 a 300 anos, implicar aumento do nível do mar de 5 m a 7 m.

Isso hoje é uma das áreas de mais interesse dos programas antárticos. Nós temos que responder a essa questão. Eu, como glaciólogo, tenho que, é minha obrigação, inclusive, não só científica, mas moral, de tentar melhorar o nosso conhecimento. Nós pegamos dados na frente dessas geleiras. Medimos, tiramos amostras de neve e gelo de algumas dessas geleiras, foram feitos levantamentos oceanográficos à frente dessas geleiras, amostras de sedimentos, de fundo, de água, de diferentes profundidades, e, ao mesmo tempo, tínhamos um levantamento geofísico aéreo, levantando qual é a posição hoje da linha de flutuação dessas geleiras —mais críticas, que têm o potencial de fluir mais rapidamente para dentro do oceano.

Diário da Antártida

Série apresenta bastidores, desafios e achados da expedição que busca completar a circum-navegação do continente

Expedição à Antártida corre para aproveitar janela entre ciclones e evita falar de política

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Cientista busca ciclones na Antártida após quase 15 anos de espera por expedição

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Agrônomo cava solo da Antártida para ‘plantar’ sondas climáticas

Marcio Francelino, da Universidade Federal de Viçosa, está em sua 17ª expedição ao continente

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Pedro Melo, da Universidade Federal de Pernambuco, tenta entender e prever possíveis impactos da crise climática

Presos em tempestade, cientistas celebram Natal em pequena barraca no gelo da Antártida

Filipe Lindau e colegas evitavam ao máximo sair do abrigo devido ao clima extremo e ao desconforto

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Alguns chineses e indianos vão sair daqui e ficar mais 45 dias em outra missão. Um dos nossos colegas, o Renato Romano, vai continuar mais 40 dias na Antártida, trabalhando na estação [brasileira Comandante Ferraz]. Quase toda a carga dos brasileiros deixamos lá; fica mais fácil sendo transportada pelo navio da marinha.

Eu entro em férias. Estou prometendo que essa foi a minha última missão.

Uma das coisas que posso dizer com certeza que nos impressionou [nesta missão] foi conseguir observar um daqueles rios atmosféricos. A gente estava olhando na imagem de satélite, um daqueles rios atmosféricos que vem lá da Amazônia e chega à Antártida. Vamos ver se, nessas amostras que coletamos de neve, vai ter um aumento de carbono negro —proveniente da queima de floresta. A circulação é interessante: sai da Amazônia, a massa de ar vai contra os Andes, desce até a latitude do Rio Grande do Sul, e aí vem vindo até chegar à Antártida. Com balões atmosféricos, você vê variações da umidade. Tu vais juntando, tu vais contando uma história, né?

As regiões polares são partes indissociáveis, conjuntas, unidas por todo o sistema climático. O que ocorre na Antártida afeta o cotidiano brasileiro. O sistema é casado. E as regiões polares estão se tornando cada vez mais importantes. Veja o Trump. As mudanças do clima já modificaram a tal ponto essas regiões que estão trazendo, consequentemente, mudanças políticas, de estratégias militares, de presença de diferentes países, aumento do interesse pelo potencial dessas regiões. O Brasil tem que prestar atenção nisso.

A comunidade científica gostaria de ter pelo menos uma instituição de pesquisa civil acadêmica, como vários países têm. O investimento tem sido muito restrito. A América Latina, como um todo, é uma montanha-russa: às vezes tem dinheiro, às vezes não tem nada.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, na manhã desta segunda-feira (27/1), a aprovação do financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) exportar 16 aviões à companhia aérea norte-americana Republic Airways.

As aeronaves, previstas para serem entregues pela Embraer ao longo deste ano, serão do modelo E-175. O financiamento ocorrerá por meio da linha “BNDES Exim Pós-Embarque”.

Esta operação, de acordo com o banco, é identificada como Buyer Credit. Nela, o exportador (Embraer), após firmar contrato com o importador (Republic Airways) para entrega futura de bens e/ou serviços (aeronaves), solicita financiamento do BNDES, que deverá firmar contrato com o importador (Republic Airway).

A companhia aérea Republic Airways oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e Canadá. A empresa opera com as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

O BNDES financia exportações da Embraer desde 1997. Ao todo, segundo o banco, cerca de US$ 26 bilhões foram financiados à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante brasileira. De acordo com o BNDES, o apoio do banco complementará “o financiamento provido pelo mercado privado”.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado no Brasil e mantém mais de 87% dos seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Embora seja empresa de capital aberto e negociada em Bolsa de Valores, a Embraer tem o governo brasileiro como principal acionista com poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

No último balanço divulgado em 2024, a empresa registrou teve lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão. A receita líquida disparou para R$ 9,39 bilhões ante R$ 6,3 bilhões no mesmo período (terceiro trimestre) de 2023.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, na manhã desta segunda-feira (27/1), a aprovação do financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) exportar 16 aviões à companhia aérea norte-americana Republic Airways.

As aeronaves, previstas para serem entregues pela Embraer ao longo deste ano, serão do modelo E-175. O financiamento ocorrerá por meio da linha “BNDES Exim Pós-Embarque”.

Esta operação, de acordo com o banco, é identificada como Buyer Credit. Nela, o exportador (Embraer), após firmar contrato com o importador (Republic Airways) para entrega futura de bens e/ou serviços (aeronaves), solicita financiamento do BNDES, que deverá firmar contrato com o importador (Republic Airway).

A companhia aérea Republic Airways oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e Canadá. A empresa opera com as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

O BNDES financia exportações da Embraer desde 1997. Ao todo, segundo o banco, cerca de US$ 26 bilhões foram financiados à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante brasileira. De acordo com o BNDES, o apoio do banco complementará “o financiamento provido pelo mercado privado”.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado no Brasil e mantém mais de 87% dos seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Embora seja empresa de capital aberto e negociada em Bolsa de Valores, a Embraer tem o governo brasileiro como principal acionista com poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

No último balanço divulgado em 2024, a empresa registrou teve lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão. A receita líquida disparou para R$ 9,39 bilhões ante R$ 6,3 bilhões no mesmo período (terceiro trimestre) de 2023.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, na manhã desta segunda-feira (27/1), a aprovação do financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) exportar 16 aviões à companhia aérea norte-americana Republic Airways.

As aeronaves, previstas para serem entregues pela Embraer ao longo deste ano, serão do modelo E-175. O financiamento ocorrerá por meio da linha “BNDES Exim Pós-Embarque”.

Esta operação, de acordo com o banco, é identificada como Buyer Credit. Nela, o exportador (Embraer), após firmar contrato com o importador (Republic Airways) para entrega futura de bens e/ou serviços (aeronaves), solicita financiamento do BNDES, que deverá firmar contrato com o importador (Republic Airway).

A companhia aérea Republic Airways oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e Canadá. A empresa opera com as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

O BNDES financia exportações da Embraer desde 1997. Ao todo, segundo o banco, cerca de US$ 26 bilhões foram financiados à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante brasileira. De acordo com o BNDES, o apoio do banco complementará “o financiamento provido pelo mercado privado”.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado no Brasil e mantém mais de 87% dos seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Embora seja empresa de capital aberto e negociada em Bolsa de Valores, a Embraer tem o governo brasileiro como principal acionista com poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

No último balanço divulgado em 2024, a empresa registrou teve lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão. A receita líquida disparou para R$ 9,39 bilhões ante R$ 6,3 bilhões no mesmo período (terceiro trimestre) de 2023.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, na manhã desta segunda-feira (27/1), a aprovação do financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) exportar 16 aviões à companhia aérea norte-americana Republic Airways.

As aeronaves, previstas para serem entregues pela Embraer ao longo deste ano, serão do modelo E-175. O financiamento ocorrerá por meio da linha “BNDES Exim Pós-Embarque”.

Esta operação, de acordo com o banco, é identificada como Buyer Credit. Nela, o exportador (Embraer), após firmar contrato com o importador (Republic Airways) para entrega futura de bens e/ou serviços (aeronaves), solicita financiamento do BNDES, que deverá firmar contrato com o importador (Republic Airway).

A companhia aérea Republic Airways oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e Canadá. A empresa opera com as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

O BNDES financia exportações da Embraer desde 1997. Ao todo, segundo o banco, cerca de US$ 26 bilhões foram financiados à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante brasileira. De acordo com o BNDES, o apoio do banco complementará “o financiamento provido pelo mercado privado”.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado no Brasil e mantém mais de 87% dos seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Embora seja empresa de capital aberto e negociada em Bolsa de Valores, a Embraer tem o governo brasileiro como principal acionista com poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

No último balanço divulgado em 2024, a empresa registrou teve lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão. A receita líquida disparou para R$ 9,39 bilhões ante R$ 6,3 bilhões no mesmo período (terceiro trimestre) de 2023.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, na manhã desta segunda-feira (27/1), a aprovação do financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) exportar 16 aviões à companhia aérea norte-americana Republic Airways.

As aeronaves, previstas para serem entregues pela Embraer ao longo deste ano, serão do modelo E-175. O financiamento ocorrerá por meio da linha “BNDES Exim Pós-Embarque”.

Esta operação, de acordo com o banco, é identificada como Buyer Credit. Nela, o exportador (Embraer), após firmar contrato com o importador (Republic Airways) para entrega futura de bens e/ou serviços (aeronaves), solicita financiamento do BNDES, que deverá firmar contrato com o importador (Republic Airway).

A companhia aérea Republic Airways oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e Canadá. A empresa opera com as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

O BNDES financia exportações da Embraer desde 1997. Ao todo, segundo o banco, cerca de US$ 26 bilhões foram financiados à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante brasileira. De acordo com o BNDES, o apoio do banco complementará “o financiamento provido pelo mercado privado”.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado no Brasil e mantém mais de 87% dos seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Embora seja empresa de capital aberto e negociada em Bolsa de Valores, a Embraer tem o governo brasileiro como principal acionista com poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

No último balanço divulgado em 2024, a empresa registrou teve lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão. A receita líquida disparou para R$ 9,39 bilhões ante R$ 6,3 bilhões no mesmo período (terceiro trimestre) de 2023.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou, na manhã desta segunda-feira (27/1), a aprovação do financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) exportar 16 aviões à companhia aérea norte-americana Republic Airways.

As aeronaves, previstas para serem entregues pela Embraer ao longo deste ano, serão do modelo E-175. O financiamento ocorrerá por meio da linha “BNDES Exim Pós-Embarque”. Nesta operação, de acordo com o banco, o exportador (Embraer) concede ao importador (Republic Airway) um financiamento por meio de carta de crédito ou títulos.

A companhia aérea Republic Airways oferece serviço regular para passageiros com 900 voos diários em mais de 80 cidades nos Estados Unidos e Canadá. A empresa opera com as marcas American Eagle, Delta Connection e United Express.

O BNDES financia exportações da Embraer desde 1997. Ao todo, segundo o banco, cerca de US$ 26 bilhões foram financiados à exportação de mais de 1.300 aeronaves da fabricante brasileira. De acordo com o BNDES, o apoio do banco complementará “o financiamento provido pelo mercado privado”.

“O histórico apoio do BNDES à Embraer contribuiu para transformar a empresa em uma das líderes globais da indústria aeroespacial. A Embraer é a principal exportadora de bens de alto valor agregado no Brasil e mantém mais de 87% dos seus cerca de 21 mil empregos em território nacional”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

Embora seja empresa de capital aberto e negociada em Bolsa de Valores, a Embraer tem o governo brasileiro como principal acionista com poder de veto em decisões estratégicas da empresa.

No último balanço divulgado em 2024, a empresa registrou teve lucro líquido ajustado de R$ 1,18 bilhão. A receita líquida disparou para R$ 9,39 bilhões ante R$ 6,3 bilhões no mesmo período (terceiro trimestre) de 2023.

O dólar voltou a cair ontem, pelo quarto dia seguido, ainda acompanhado de um momento de incerteza sobre as políticas que serão adotadas pelo governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomou posse no início da semana. Ao longo do dia, a moeda chegou a atingir o piso de R$ 5,87 no câmbio comercial, mas voltou a ganhar força no fechamento, encerrando o pregão em queda de 0,35%, cotada a R$ 5,925 para venda.

Desde o início do ano, o dólar acumula queda de 4,1% e atinge o valor mais baixo na cotação desde novembro de 2024. Para o analista da Ouro Preto Investimentos Sidney Lima, esse recuo tem sido influenciado principalmente por dois conjuntos de fatores: ajustes técnicos no mercado e um cenário internacional favorável.

“No contexto doméstico, os recentes andamentos quanto às medidas de contenção tem melhorado confiança dos investidores, contribuindo para valorização do real. Internacionalmente, a expectativa de uma política fiscal menos agressiva sob a nova administração nos EUA e a queda inesperada dos pedidos de auxílio-desemprego fortaleceram o real frente ao dólar”, avaliou Lima.

Quanto à sustentabilidade dessa tendência de baixa do dólar, o economista avalia que ainda é precária. Segundo ele, a trajetória futura da moeda deve depender ainda da continuidade das reformas fiscais no Brasil e das condições econômicas globais. “Incertezas políticas e fiscais ainda representam riscos significativos que podem afetar o apetite por risco e influenciar negativamente o real. Portanto, apesar do alívio recente, a volatilidade no câmbio pode persistir, refletindo a complexidade e a incerteza dos fatores econômicos e políticos envolvidos”, acrescentou o especialista.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne pela primeira vez após a posse de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC, para decidir sobre a nova taxa básica da economia (Selic). Com as previsões indicando um novo aumento de 1,0 ponto percentual, há uma expectativa se o Copom vai conseguir, ou não, controlar a inflação e evitar a desvalorização ainda maior do real.

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Na visão do CEO da gestora Multiplike, Volnei Eyng, a reunião deve ajudar a controlar o câmbio, mas, para que o dólar volte a cair de maneira sustentável, ele acredita que o governo deve dar uma sinalização clara sobre o compromisso fiscal, reforçando uma agenda de corte de gastos. E, para o CEO da MA7 Negócios, André Matos, além do controle fiscal, a queda do dólar ainda depende de fatores externos. “No mercado externo, estamos dependentes das falas e decretos de Trump, principalmente em relação à guerra comercial, que pode ocorrer com a China e a tributação de produtos brasileiros”, destacou.

Enquanto isso, o Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou o dia em queda de 0,4%, aos 122.482 pontos, com as principais ações fechando o pregão em patamar negativo. As ações preferenciais (sem direito a voto mas com prioridade no recebimento dos dividendos) da Petrobras registraram queda de 0,7%, enquanto que as ordinárias (com direito a voto) da Vale recuaram 0,65% no fim do dia. A maior queda ficou por conta das ações da Minerva Foods, que regrediram 6,67%.

Por André Vasques e Guilherme Moraes* — O mercado de fusões e aquisições (M&A) no Brasil tem enfrentado oscilações, refletindo as dificuldades econômicas e estruturais do país. Apesar disso, 2024 trouxe sinais de recuperação, com um aumento no volume de transações. Segundo a consultoria Dealogic, até novembro, o setor movimentou R$ 225,7 bilhões (US$ 37 bilhões), registrando um crescimento de 34,4% em comparação ao ano anterior. Apesar desse avanço significativo, os números ainda estão abaixo dos recordes históricos, evidenciando que há espaço para evolução.

A recuperação foi impulsionada pelos setores de energia e infraestrutura, com destaque para projetos de energias renováveis e modernização de infraestrutura. Empresas dessas áreas atraíram investidores nacionais e internacionais, motivados pela busca por eficiência e sinergias, além de estratégias voltadas consolidação de mercado.

Por outro lado, as altas taxas de juros e a ausência de ofertas públicas iniciais (IPOs) limitaram uma recuperação mais expressiva. O custo elevado do capital inibiu movimentos mais ousados, afetando inclusive os fundos de private equity, que desempenham um papel central nesse mercado. Ainda assim, setores com forte potencial de crescimento, como tecnologia e infraestrutura, continuaram atraindo negócios.

O ano de 2025 promete trazer tanto desafios quanto oportunidades. Especialistas apontam que uma possível redução nas taxas de juros pelo Banco Central poderá ser um divisor de águas, criando condições mais favoráveis para investimentos. Além disso, a estabilidade política e econômica deve ajudar a atrair mais capital para setores estratégicos como tecnologia, agronegócio e saúde, que se destacam pela constante inovação e pelo aumento da demanda.

A desvalorização do real torna os ativos brasileiros mais acessíveis e atrativos para investidores estrangeiros. Contudo, esses investidores mantêm uma abordagem cautelosa, exigindo análises detalhadas sobre riscos regulatórios e financeiros antes de fechar negócios. No setor de infraestrutura, a presença internacional tem sido notável, mesmo em um ambiente desafiador.

Embora o mercado não deva alcançar os níveis recordes de 2021 e 2022 em breve, há sinais de uma recuperação gradual. Apesar de ainda aguardarmos o fechamento dos dados, a projeção é de que a economia brasileira deverá crescer 3% em 2024 e desacelerar, em 2025, para 2,3%, indicando um ritmo moderado e tímido de expansão. Empresas que priorizam soluções sustentáveis e crescimento orgânico devem impulsionar novas transações. Com a redução das taxas de juros, o mercado de capitais também poderá ganhar relevância, estimulando emissões de dívidas e ações, o que aumentará o dinamismo do setor.

O mercado de M&A no Brasil em 2025 será marcado por desafios, mas também trará boas oportunidades. A combinação de um cenário macroeconômico mais favorável com a resiliência de setores estratégicos será determinante para o desempenho do setor. Investidores e empresas que compreenderem as tendências globais e as especificidades do mercado brasileiro estarão bem posicionados para aproveitar as oportunidades ao longo do ano.

*Sócios da Moraes Vasques Advogados

O avanço recente da cotação do dólar e do preço internacional do petróleo ampliam a defasagem da gasolina e do diesel vendidos pela estatal, que atingiu o maior patamar desde julho do ano passado: 13% e 22%, respectivamente, nesta semana.

Enquanto a Petrobras não decide sobre um aumento, a diferença entre os preços praticados nas refinarias e os internacionais (que balizam o custo da parcela de combustíveis importados que o país precisa para dar conta de toda a demanda) só cresce.

Segundo as contas de economistas do Santander, a estatal deveria aplicar um reajuste de 7% a 8% se quisesse manter essas diferenças nas médias históricas, calcula relatório do banco, divulgado na semana passada.

Mesmo assim, a redução das preocupações com os dividendos (principal forma de uma companhia repassar o lucro aos acionistas), somada a uma série de outros fatores, tem evitado a queda das ações da empresa.

A Petrobras fez um pagamento extraordinário de R$ 20 bilhões de dividendos no fim do ano, lembrou Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike. Em 2024, a distribuição dos lucros foi motivo de uma crise entre o antigo presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, contribuindo para a demissão do primeiro.

Prates acabou substituído por Magda Chambriard, que foi presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff.

Endividamento baixo

Nos pregões seguintes ao anúncio dos dividendos extras, os papéis da petroleira subiram e começaram 2025 em alta — após forte valorização em 2023 e 2024. Ontem, fecharam praticamente estáveis, acumulando, nos primeiros dias do ano, alta de 3,9% nas ações ordinárias (ON, com direito a voto). Já as preferenciais (PN, sem voto) acumulam alta de 2,4%. Em 2023, a alta foi de 73,8% e 94,4%, respectivamente. Ano passado, de 21,4% e 18,1%.

Segundo analistas ouvidos pelo GLOBO, além do alívio em relação aos dividendos, uma série de fatores compensa eventuais efeitos negativos da diferença para os preços internacionais. Estes incluem a mudança de patamar da produção, com o desenvolvimento do pré-sal, que eleva a receita com exportações; o endividamento baixo; o plano de negócios dentro do esperado por analistas e investidores; e o fato de que não há sinais de que a Petrobras assumirá toda a importação de combustíveis para segurar os preços, como ocorreu há pouco mais de dez anos, no governo Dilma.

— Esses aspectos mudam um pouco a exposição da Petrobras em relação à que já foi no passado — afirma Regis Cardoso, head de Óleo, Gás e Petroquímicos da XP Investimentos.

Mas ele pondera que, mesmo assim, a estatal tem um “custo de oportunidade” quando deixa de lucrar mais ainda com preços de combustíveis mais elevados no Brasil.

A mudança de patamar de produção faz com que em torno de 85% da receita da Petrobras venham da produção de petróleo e da sua venda para fora, segundo Vitor Sousa, analista de petróleo da Genial Investimentos. A produção de combustíveis nas refinarias responde por menos de 15%.

— Se, por um lado, a Petrobras tem adotado uma política de preços que reduz as margens de lucro da área de refino, a alta do dólar e do petróleo também acaba beneficiando as receitas oriundas da exportação — diz Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.

Sousa, da Genial Investimentos, acrescenta ainda que as ações da Petrobras “estão baratas”, à luz de variáveis como geração de caixa, lucros e endividamento, e dado o risco político de ser uma estatal.

Frederico Nobre, chefe de análise da gestora Warren Investimentos, ressalta que a defasagem aumentou na última semana porque as cotações do petróleo subiram com novas sanções contra Rússia e Irã, mas não é crítica:

— A não ser que fiquemos com uma defasagem insustentável durante muito tempo, isso não será um problema tão grande para os resultados.